Digo Sophia
e digo Poesia
Fechei os olhos
e bebi a branca luz de Creta
Por entre pedras e colunas
te procuro
Não estás
Ainda agora o dia se levanta
e já as cigarras cantam
furiosas
ó branca Ártemis
que mistérios ocultos
cada dia nos revelas
De um lado
brisas
do outro
ventos
de um lado
sereias
e de outro
tormentos
frescas águas azuis
onde ninfas flutuando
douram a luz do sol
Divina tecedeira
enleando fios
como quem tece sonhos
como vespa
esvoaçante
sequiosa
bebendo
numa fonte
Passeavas no bazar
como um turista
à espera do primeiro engano.
Vendes-te depressa
e por pouco :
Três festas no lombo.