Sábado, 3 de Outubro de 2009
ó branca Ártemis
que mistérios ocultos
cada dia nos revelas
De AUFDERMAUR a 7 de Outubro de 2009 às 22:51
Os mistérios mais difíceis de desvendar são muitas vezes os da nossa própria vida... Ao longo dos anos fui percebendo que na minha vida nada acontece por acaso, tudo tem um motivo misterioso e oculto por trás. Quando eu era mais nova ia-me completamente abaixo quando me surgia alguma dificuldade, enquanto que agopra já não. Claro que fico triste, choro imenso, muitas vezes sinto-me perdida mas levanto-me sempre porque sei que aquilo me está a acontecer por algum motivo, que aquele sofrimento me vai trazer algo de bom.
Nestes últimos cinco anos pensei muitas vezes em qual era o mistério da vida que me tinha feito ir estudar para a cidade que fui e apenas no ano em que fui. Os motivos sei-os eu bem: só fui naquele ano porque antes disso estive três anos noutro curso e um ano parada a decidir se queria continuar a estudar ou não, e escolhi ir para aquela cidade em mais uma tentativa infrutífera de suscitar uma reacção no meu pai. Mas isso são apenas os motivos práticos pelos quais nós pensamos que regemos as nossas vidas mas e os mistérios por detrás desses motivos? Se o que eu queria era provocar o meu pai era mais fácil eu ter escolhido uma faculdade realmente longe da minha cidade, como a do Algarve. Mas não, eu escolhi aquela e apenas aquela. E passei todos estes anos a pensar em como podia estar bem e feliz na minha cidade, na minha casinha, com os meus amigos e a gente que eu amo e em como só não estava por causa de um acto irreflectido e idiota. Ainda há poucas semanas tive que voltar à minha faculdade com a minha melhor amiga e ela disse-me (logo ela que também nunca gostou de lá estar) "Apesar de tudo, até vivemos aqui alguns bons momentos", ao que eu lhe respondi logo "Fala por ti, para mim foi mau do início até ao fim". e Realmente foi mas foi porque eu decidi que ia ser assim. Eu nunca lá quis estar e a última coisa que4 queria era algo ou alguém que me prendessem lá. Como tal, não dei hipóteses a nada nem a ninguém de se aproximarem de mim (não sei se já lhe disse que os meus mecanismos de defesa são à prova de bala?). Só a semana passada é que eu percebi qual o mistério por trás desta minha escolha: eu tinha que estar naquela cidade naquele período de tempo para conhecer uma das pessoas mais importantes da minha vida. Eu poderia dizer que ela é a minha melhor amiga mas isso é tão pouco... Ela é um porto seguro, alguém que me compreende, me guia e me dá força, alguém que literalmente me salvou a vida. Esta semana ouvia-a dizer ao meu pai que eu a tinha ajudado imenso nmo 1º ano do curso, que sem mim teria sio muito difícil e foi aí que eu percebi que nós as duas tínhamos que ir para aquela cidade apenas naquele momento porque estavamos destinadas a estar na vida uma da outra.
Pode demorar mas eu acabo sempre por desvendar os mistérios da minha vida...
PS- Aqui só entre nós, a cidade em questão até era agradável e eu conheci lá algumas pessoas simpáticas e interessantes. Claro que não se compara à minha mas viver lá não foi o pesadelo que eu costumo dizer que foi. Mas se você disser a alguém que eu escrevi isto, eu vou negar até à morte :-)
De
OPTD a 8 de Outubro de 2009 às 17:13
a maior descoberta de todas é a nossa própria descoberta...
De AUFDERMAUR a 8 de Outubro de 2009 às 19:35
Quando li o seu comentário parecia que estava a ouvir a minha melhor amiga a falar. Sempre espiritual e optimista e com aquela filosofia de que uma amiga não serve para nos dizer que caminho seguir mas sim para nos ouvir, dar força, ajudar e aconselhar se assim lhe for pedido :) Gosto disso e começo a gostar de si. Acho que vou trocar a minha psicóloga por si :)
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